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Buzzing

 

Buzzing é um termo usualmente utilizado para referir “vibração labial”. Assim, quando alguém está a fazer buzzing está, simplesmente, a vibrar os lábios de maneira idêntica à necessária para tocar um instrumento de metal.

A tuba, como qualquer outro instrumento de metal, é oco: o som é produzido nos nossos lábios, tal como o som de um violoncelo é produzido nas cordas; o instrumento apenas vai amplificar e organizar os sons produzidos pelos nossos lábios. Este paralelo com o violoncelo permite-nos também introduzir um conceito que nos será bastante útil: o conceito das cordas labiais.

Este conceito, criado por Sérgio Carolino no seu livro “Computuba: a tuba computorizada”, pretende proporcionar uma imagem que facilite a compreensão sobre a forma como o som é produzido nos lábios.

Tal como as cordas dos violoncelos estão presas em dois pontos, também as nossas cordas labiais possuem estes dois pontos: são os cantos da boca. Esta ideia reforça a importância de uma embocadura saudável e que funcione plenamente.

 

Começa a fazer buzzing no registo médio. Quando te sentires confortável a vibrar os lábios neste registo, e quando conseguires obter um som agradável, vai expandindo gradualmente o teu registo, em ambas as direções. O objetivo é que o teu registo soe tão fácil e ressonante nos registos grave e agudo como soa no registo médio.

Entoa melodias simples no bocal: usa estudos melódicos e/ou obras que estejas a estudar para fazer exercícios de buzzing. Assim estás a estudar a peça/estudo e estás a praticar a vibração labial. Também estarás a trabalhar o ouvido, pois sem o instrumento para “organizar” os sons, tens de estar consciente da melodia que tens de tocar e tens que ouvir se estás a recriar a melodia corretamente!

 

Tal como um violoncelista divide a corda a meio para tocar mais agudo, também nós devemos desenvolver o controlo sobre as nossas “cordas labiais” para conseguir vibrar uma superfície menor dos lábios. A velocidade do ar desempenha, obviamente, um papel fundamental neste capítulo. Além do ar, devemos ganhar consciência da zona que queremos vibrar. Para sentirmos essa vibração, aconselho a obtenção de um bocal de trompete ou trompa. Como este bocal é mais pequeno que o bocal da tuba, já nos ajudará a vibrar uma secção mais pequena dos lábios. Ao fazer os mesmos exercícios que fazemos com o bocal de tuba, devemos sempre ter como objetivo sentir onde está a vibração nos nossos lábios! Assim, quando voltarmos ao bocal detuba, já temos ideia do que precisamos de fazer para obter as notas mais agudas, e não iremos pressionar desnecessariamente os lábios com o bocal.

 

 

A maioria dos instrumentistas de metal realiza exercícios de bocal esporadicamente e de uma forma descoordenada, o que deve ser o oposto, o trabalho com o bocal deve ter uma estratégia bem planeada, logo vais conseguir o principal objetivo, soar de forma fácil e eficiente.

Todos os grandes interpretes de instrumento de metal, estão em desacordo em relação a forma de como começar a vibrar os lábios no bocal, se é desde o registro médio de cada instrumento e a partir de aí ampliar ou vise-versa.

O som do bocal deve ser emitido sem esforçar os lábios e deve ser tocado com dinâmicas de mf/mp.

Existe alguns utensílios como, mangueira, B.E.R.P e palito que podem intensificar os exercícios.

B.E.R.P

Este aparelho de vibração com bocal foi desenhado para colocar o bocal na posição de tocar, permitindo fazer exercícicos de vibração, com as dedilhações. Existe ainda um opcçaõ com dois buracos que se pode aumentar ou reduzir a resistência da vibração. Esta ferramenta é ideal para praticar passagens rápidas.

To Buzz

Neste vídeo o tubista Alessandro Fossi realiza um exercício de buzzing, utilizando uma mangueira no tubo do bocal para dar uma maior estabilidade sonora. O exercício consiste em tocar a escala de Dó Maior descendente e ascendente, dando importância a respiração de dois em dois compassos, som estável e afinação.

Excelente exercício para começar os primeiros sons no bocal.  

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